Origem do Kung-Fu
Existem duas versões que afirmam ter desenvolvido esta arte marcial. Uma delas atesta que um monge chinês teria observado o movimento de uma garça e sua agilidade na luta contra animais peçonhentos como cobras, lagartos, entre outros. A agilidade da garça e a velocidade no uso de seu bico como arma de combate, impressionou o monge que ficou muito atento e tratou de copiar seus movimentos. Tratou de ensiná-los aos seus discípulos e daí por diante se desenvolveria a arte do Wushu, que significa literalmente arte marcial. No ocidente é tratado com Kung-Fu, em alguns países Gung-Fu.Outra versão alega que em um período feudal na China imperial, houve uma terrível batalha e todo o territorio chines foi dominado por um imperador. Dos opositores ao império em formação somente um grupo reduzido que ficou em uma ilha. Naquele tempo não se faziam uso de armamentos e por este motivo não haviam armas para se defender além das espadas. Os sobreviventes não dispunham de espadas, arcos, nenhum material de defesa.
O imperador com refinado estilo sarcástico, determinou que um grupo de soldados visitassem a ilha e matassem somente um habitante por vez.
Esta situação ficou clara nos primeiros dias, quando os rebelados perceberam a intenção do imperador. Sem saber o que fazer, um dos monges que estavam no grupo ficou pensativo e olhando para a mata observou uma luta entre um besouro e um gafanhoto e apesar de maior, o besouro tinha seus golpes desviados pelo gafanhoto. A agilidade deste inseto impressionou o monge que tratou de copiá-los imediatamente. Capturou os dois insetos e passou a desenvolver os movimentos que originariam as primeiras formas de combate marcial. Imediatamente ensinou os outros membros do grupo. Os soldados vieram no dia seguinte e encontraram certa resistência e alguma dificuldade para matar um membro, mas ao matar foram embora. No outro dia, os habitantes haviam trocado golpes entre si durante todo o dia anterior e noite anterior. Mais uma vez mataram outro habitante, mas desta vez com maior resistência. No terceiro dia, não apenas deixaram de conseguir a morte de um habitante, como também perderam suas armas. No quarto dia, não conseguiram o intento, perderam suas armas e ainda perderam muitos dos seus soldados. No quinto vieram em maior grupo, com mais embarcações e não conseguiram matar ninguém, ao contrário, perderam muitos soldados, muitas espadas, arcos, flechas, nos golpes que sofriam com bastões e pequenas lanças. Deste momento em diante, o imperador desistiu de combatê-los e tratou de tentar ignorá-los, algo que ficou impossível pois seus soldados passaram a ficar sedentos por aprender aquele estilo de combate que haviam enfrentado.
Atualmente existem vários estilos, derivando de animais como serpente, tigre, leopardo, garça, gafanhoto, macaco, entre outros. Um dos estilos mais curiosos é o estilo do bêbado. Conta a história chinesa que um lutador no templo de Shaolin praticava seu estilo contra todos os outros alunos e nunca vencia. Passou de estilo em estilo, nunca venceu ninguém e era muito caçoado em todo o grupo. Até que um dia, entrou em um bar e se embebedou para afogar sua irritação. Mas para sua infelicidade, ou felicidade posterior, um dos grupos de alunos que o caçoavam chegou ao local. Ao perceberem que ele estava ali começaram a gozar de sua presença, dos seus golpes, levando-o a um combate contra todos. Acreditavam que por estar bêbado seria mais fácil ainda, mas foram surpreendidos. O lutador fraco passou a ser invencível com a bebida. Quando iam atingí-lo ele reclinava seu corpo para trás sem cair e voltava a estar em pé imediatamente dando golpes em seguida. Sempre que tentavam atingi-lo ele se reclinava para trás ou para um dos lados, quase tombando, mas voltando a estar em pé imediatamente golpeando seus adversários. Isso somente com uma das mãos, pois a outra estava ocupada com a garrafa.
